O CORREDOR

Roberto R. da Encarnação, nasci a 12 de março de 1968. Praticante de corrida de rua há apenas 04 anos, tão logo estreei em competição na Corrida Sagrada de 2007 - que tem o mesmo percurso da lavagem do Bonfim - passei a buscar desafios maiores. Favorecido pelo condicionamento adquirido em décadas na prática de pedaladas pelo Brasil afora, em pouco tempo de passadas já havia virado um Maratonista, tendo completado neste curto tempo 05 maratonas e 01 ultra e, para além disso, me tornado um apaixonado por esta arte de seguir em frente colocando um pé adiante do outro.

EXPLICANDO DATA E DESTINO

Nasci e vivo em Salvador e logo com dois meses de competição fui participar de uma prova de rua em comemoração ao aniversário da cidade de Aracaju (17 de março), que tem sua largada na histórica cidade de São Cristovão (antiga capital de Sergipe) e, após 25 km de muito sobe e desce e de grande apoio popular chega-se a Aracaju.

Portanto, a idéia é sair de Salvador no dia 10 de março e, correndo em torno de uma maratona por dia (42,195 metros) chegar em Aracaju no dia 16 de março para no dia seguinte fechar o projeto com chave de ouro participando da 28ª Corrida Cidade de Aracaju.

VAMOS TENTAR JUNTOS?!



domingo, 27 de fevereiro de 2011

DE STELLA MARIS A SÃO TOMÉ DE PARIPE



LONGÃO ENTRE AS PRAIAS
Eu, Ângela e Pataro na Praia de Stella Maris
  Enquanto estava no trabalho de imaginar um percurso para realizar o último longão antes do início do Desafio, uma das coisas que buscava era a sonoridade do evento (adoro isso!).
Assim, logo que me decidi pelo trecho Praia de Stella/Praia de São Tomé de Paripe e comecei convidar os amigos para este treino, me diverti muito com o espanto da galera. Até os mais acostumados com corridas longas, num primeiro momento, julgaram que era coisa pra mais de 50 km. Somente após explicar o caminho por onde seguiríamos é que, meio desconfiados, começavam a acreditar que era algo em torno de 32 km, “apenas”.
Era sonoro sem dúvida! O que eu não havia previsto era o potencial que este percurso tinha para que o treino se transformasse na festa tão grande que foi.
correndo na chuva
Por volta das 5:45 da manhã, sob muita chuva, saímos (Pataro, Ângela e eu) de Stella via Alameda das Praias, atravessamos a Paralela e seguimos em direção a São Cristóvão para pegar a Estrada do Cia.

A chuva já tinha ido embora e estávamos chegando na entrada do Sindjufe, quando fomos surpreendidos por Valdir, Adautro e Alan, que vieram de Cajazeiras pela barragem (estrada ecológica) para nos encontrar e retornar conosco. Time aumentado, fomos ruidosos pelas estradas de barro que nos levam até a Boca da Mata. Ao chegarmos ao Pistão, Gil, que participará de pelo menos 02 trechos deste Desafio, nos aguardava com garrafas cheias de maltodextrina e também se juntou ao grupo para correr conosco enquanto estivéssemos em Cajazeiras. Logo depois foi a vez de rever e trocar um abraço com Deja, que estava fazendo tiros de 1.000 metros no “pinicão”. Cruzamos o “bairro que nunca acaba”, como diz Ângela, na companhia de amigos. Só sentimos a falta de Joel e Carlos que não puderam aparecer.
Por conta dos compromissos, aos poucos, cada um foi tomando seu rumo. Foram embora, mas deixaram (e isso é altamente visível nos rostos sorridentes) a energia necessária para cumprirmos a segunda metade do trajeto. Mas nem todos “escaparam”.
Adautro, Alan e Valdir- supresa na estrada do Cia
Ao sair de Águas Claras em direção à Rodovia da Base Naval de Aratu, nosso grupo contava com a luxuosa companhia de Adautro, que havia decidido acompanhar-nos até o final do longão.
Descemos a estrada da Base com Ângela mandando ver nas ladeiras (até Adautro se impressionou) e ao chegar na entrada de São Tomé ainda deu para brincar com Pataro e subirmos o último morro no tiro (isso é nada pra ele que treina na Ladeira da Fonte Nova rs).
Morro subido, morro descido e a belíssima praia de São Tomé de Paripe nos convidando para um delicioso banho de mar.
O final vocês já sabem: a super titia Lalá apareceu para nos resgatar.

Praia de São Tomé de Paripe

sábado, 26 de fevereiro de 2011

CAMAÇARI EM DOIS TURNOS


Na estrada antes do amanhecer
Hoje, ainda não tinha amanhecido o dia, saí ao encontro de Joel, Egídio e Mário (Gu) para darmos uma voltinha de bike: Salvador – Camaçari - Salvador (80km). Na ida pegamos a BR 324 e a BA 093, no retorno, após passar por dentro de Camaçari, viemos pela Via Parafuso, Estrada do Cia e Estrada Velha do Aeroporto chegando de volta com 3 horas pedaladas.

Egídio, eu, Joel e Gu em Camaçari
É muito bom ver o dia amanhecer na estrada a bordo de uma bike. O ritmo estava ótimo, com todos se revezando no trabalho de furar o vento. Por falar em amanhecer, como seguíamos com estrada escura e não podíamos olhar para trás, só quando clareou percebemos que um rapaz, com quem nunca havia saído antes, tinha desistido.

De volta a Salvador, à altura de São Cristóvão, o grupo se dividiu, pois cada um tinha seus compromissos. Valeu, galera!

À tarde voltei a Camaçari, desta vez de carro com “Titia Lalá” , para levar Alan e Adautro para participar do Festival de Velocidade e Saltos Horizontais.
Alan, que estava esperando uma prova de 800 metros, na falta desta distância, competiu nos 1.000 e nos 600 metros, conseguindo, respectivamente um quarto e um terceiro lugar.
1º Márcos; 2º Márcio; 3º Alan

Adautro, que por sua vez esperava uma prova de 10.000 metros (já que neste momento está focado nos 25km de Aracaju), correu os 3.000 metros, a maior distância que tinha por lá, e conseguiu também um pódio em terceiro lugar com 09:38. Parabéns aos dois!


Os destaques da tarde ficaram por conta de Marcos, que surpreendendo seus adversários diretos, venceu as provas de 1.000 metros e 600 metros e Karine, que chegou lá pra fazer de hoje um dia diferente e, mesmo sem acontecer a prova de 800 metros ,para a qual ela estava mais preparada, venceu as duas provas de que participou: 300 e 600 metros.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

BIKE, LONGÃO E FILHOS

Papai e os três filhotes



Preto, Adautro, Alan, Eu, Waldir e Joel











Neste final de semana, além do prazer de treinar sempre em boas companhias, tive a felicidade de poder juntar meus três maravilhosos filhos.

ângela e Joel na Paralela
No sábado saí meio sem destino para fazer minhas 3 horas de pedal. Estava rodando em Cajazeiras há algum tempo, enquanto aguardava o atrasado Joel para traçarmos uma rota, quando me encontrei com Preto, que é corredor, a bordo de uma bike dizendo ter me ouvido, no treino do dia anterior, quando disse que no sábado iria pedalar e que saíra na intenção de me encontrar. Embora nunca o tivesse visto bicicletando, baseado na performance que ele tem na corrida, rapidamente sem contar nada, criei um giro de hora e meia via BR 324 e Estrada do Cia, incluindo o "caminho ecológico" para retornar para Cajazeiras via Boca da Mata. Na saída para Águas Claras Joel juntou-se a nós.

Foi uma pedalada com ritmo forte e, embora estivesse com o banco excessivamente baixo para ele, e ao chegar na BR me perguntasse meio assustado: "A gente vai até onde?" Preto superou as expectativas. Deixei-os em seus caminhos e segui pedalando para completar o tempo da minha planilha.

No domingo houve a primeira corrida do servidor público no Centro Administrativo da Bahia. Ajustei meu longão para dar uma passada por lá antes da largada, inclusive deixei minha moto desde a sexta-feira no TRE, onde trabalho, para poder contar com ela ao final do treino, já que tinha outros compromissos.

Saí de Stella Maris 5:15 e, à altura da Estação Mussurunga, como combinado, encontrei-me com a prima Ângela. Mais tarde foi a vez de Joel, que vinha correndo em sentido contrário (ele havia deixado sua moto no estacionamento próximo ao Monumento Luís Eduardo), dar meia volta e juntar-se ao grupo. Por volta das 07 horas estávamos dando uma passada pela área da prova e lá encontramos o pessoal já no aquecimento/alongamento. Deu tempo de tirar foto com a galera do "pistão" que, embora não sejam funcionários públicos, foram lá para treinar no circuito da corrida, inclusive com Adautro chegando antes do campeão geral Masculino, "Espírito Santo", também de Cajazeiras e que, há quinze dias pude acompanhar de bike num treino para esta prova (no feminino, a vitória foi de Verônica Souza Ribeiro). Continuando nossa corrida, seguimos de volta para a Paralela e nos despedimos de Ângela (que iria voltar para Itapoan via orla) na Av. Pinto de Aguiar. Joel e eu ainda retornamos ao CAB e finalizamos o treino na frente do TRE.

De moto, corri para casa para tomar banho, sair e curtir a outra planilha com a galerinha. Passear com a irmã, que chegou trazendo presente. Piscina no aniversário do priminho Léo, filho de Wellington e Elani, em Lauro de Freitas; pipoca e Cinema no Aeroclube; Yakissoba (eles adoram!) para almoço no Yan Ping e, para fechar o dia, antes de deixar a multibeijada irmã em casa, algodão doce e pôr-do-sol (ida do astro rei para o outro lado do planeta) na Barra. "Titia" Lalá, é claro, esteve o tempo todo com o papaizão e sua trupe.

 

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

CORRIDA CIDADE DE ARACAJU

Foi dada a largada para a 28ª Corrida Cidade de Aracaju que será realizada, como acontece todo ano, no dia 17 de março. As inscrições (que custam R$ 40,00 para os não residentes em Sergipe) podem ser feitas através do site www.aracaju.se.gov.br/funcaju e encerram-se no dia 14 de março ou a qualquer momento, caso seja alcançado o limite de 1.000 atletas.
Desde que comecei a competir, em 2007, venho participando desta maravilhosa festa. A Ccorrida sai de São Cristóvão/SE até Aracaju no dia em que se comemora a mudança da Capital (a primeira do Estado foi São Cristóvão) e merece um capítulo à parte em meio ao Desafio Salvador Aracaju Correndo.
São Silvestre em Sampa; 10 milhas Garoto em Vitória/ES; Mini-Maratona de Paraty/RJ (18km); Desafrio Uribici/SC; Corrida de Jacobina/BA; Maratonas do Rio de Janeiro e Porto Alegre; Meia-Maratona em Fortaleza, Recife, Maceió, Rio de Janeiro, Juazeiro/BA, Punta del Leste, São Paulo (Corpore), entre outras, são belíssimas provas que tenho no currículo, mas nenhuma delas para mim é tão especial quanto a Corrida Cidade de Aracaju.
A causa maior desta paixão é o povo sergipano, que dá um show à parte. Já na concentração em São Cristóvão, enquanto os corredores estão fazendo o aquecimento, é empolgante a participação popular. Em frente às casas abertas, adultos e crianças sorridentes aguardam o momento da saída para cantar, aplaudir, gritar ou simplesmente tocar na mão de cada corredor. O burburinho vai aumentando à medida que se aproxima as 16:00 horas e atinge seu ápice durante a largada, com o povo enlouquecido fazendo uma festa que contagia todos que estão alinhados para correr.
Os primeiros quilômetros são feitos “rodando” dentro da Cidade e a cada esquina que se dobra somos saudados, encorajados, apelidados por toda aquela gente. Para mim é uma hora de emoção e agradecimento. Sigo retribuindo os aplausos, gracejos e sorrisos e sempre que deixo aqueles paralelepípedos para entrar na Rodovia João Bebe Água e iniciar a viagem de 25 km até Aracaju, levo o coração apertado de saudades.
E isso é só o começo!
Em pouco tempo começa o desfile das temidas “17 ladeiras”, fazendo com que cada um inicie sua concentração na busca de poupar energia para enfrentá-las. O silêncio vai tomando conta de tudo, aliás, de quase tudo, porque  nos sítios que ficam à beira da estrada as pessoas seguem no incentivo, inclusive soltando foguetes à nossa passagem. Há um momento na corrida, quando se está descendo a última grande ladeira da rodovia, um pouco antes de chegar na UFSE, que tem tanta gente na pista que só nos resta atravessar uma espécie de  funil humano, recebendo uma grande dose de energia para entrar na cidade de Aracaju.
Em Aracaju, já à noitinha, a concentração do povo se dá a partir do viaduto no km 21 (último aclive da corrida). Por toda a “infindável” avenida que leva à beira mar e à linha de chegada as pessoas ainda estão lá, batendo palmas, oferecendo água em saquinho ou gritando que falta pouco. Famílias inteiras se colocam na calçada e as crianças fazem uma enorme fila festejando cada toque de mão de corredor que conseguem. Estamos vindo de longe mas essa energia é tanta que a gente consegue manter um ritmo forte e seguir retribuindo as palmas e os incentivos.
Após milhares de sinaleiras chega-se à esquina na orla e agora só 800 metros nos separam do ponto final. Hora de agradecer a Deus, de chorar, sorrir enquanto se sprinta para cruzar o pórtico de chegada.

Essa é uma daquelas provas que desejo que todo mundo possa fazer um dia. Levo a sensação de que enquanto Deus me permitir, será sempre entre São Cristóvão e Aracaju que estarei todo dia 17 de março.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

DEAN ATACA NOVAMENTE / MARATONISTA



Já revelei aqui ter sido o Dean Karnazes a minha inspiração para imaginar este Desafio. Estou relendo "50 maratonas em 50 dias. Segredos que aprendi correndo" e mesmo tendo intencionalmente um olhar mais direcionado a detalhes práticos que são passados em meio ao texto, é impressionante a forma como o livro segue me abastecendo de sonhos para novas empreitadas, mas isso é assunto para outra hora.
Neste momento  queria aproveitar para contar um fato que não mencionei no post "DEAN KARNAZES: A Inspiração", de 03 de janeiro de 2011:
No primeiro mergulho no livro de "Karno", logo percebi que iria gostar daquilo. Na metade das páginas, familiarizado com seu formato e já profundamente apaixonado pelo livro, tive a curiosidade de voltar ao primeiro capítulo para ver o dia em que ele havia começado as 50 maratonas, quando vi a data, 17 de setembro de 2006. Meu Deus! Não acreditei, liguei para um monte de gente para quem eu já havia falado do livro para contar a emblemática "coincidência": era exatamente o mesmo dia em que eu havia começado a correr.
Entrego a vocês um trecho do Capítulo XVII - A PRIMEIRA VEZ NINGUÉM ESQUECE:
"Cruzar a linha de chegada de uma maratona pela primeira vez é um momento com consequências para toda a vida. Ao fazê-lo, prova-se algo para si mesmo que jamais será tirado. Deixa-se o evento com sinais evidentes de que se é forte, jovial e corajoso. Uma coisa é imaginar que se tinha capacidade para correr uma maratona; outra bem diferente é saber, porque o fez. As primeiras maratonas são imensamente desafiadoras, até mesmo para os corredores mais talentosos. Quarenta e dois quilômetros são um longo caminho a percorrer, para qualquer pessoa. A partir do momento em que se é capaz de assumir e superar um desafio de tais proporções, os benefícios são certos - na forma de confiança, respeito próprio e coragem -, e nunca desaparecem.
Mesmo que o processo de treinamento para uma maratona não seja extremamente estimulante para a saúde, ainda assim sugeriria a todos que corressem pelo menos uma maratona, apenas pelos efeitos poderosos que provoca na mente e no espírito. Afinal, não passamos a maior parte da vida duvidando de nós mesmos, pensando que não somos bons o suficiente, fortes o suficiente, não fazemos o certo? A maratona proporciona a oportunidade de encarar essas dúvidas. Ela tem uma forma de analisar o contexto da nossa própria essência, eliminando todas as barreiras protetoras e expondo nossa alma. A maratona diz que o prejudicará, que você ficará desmoralizado e derrotado como um amontoado inerte ao lado da estrada. Ela diz que não pode ser feita - não por você. Ah!, ela zomba de você. Somente nos seus sonhos!
Então, você treina pesado; dedica-se de todo o coração; sacrifica-se e supera os inúmeros pequenos desafios ao longo do caminho. Deposita tudo que conseguiu nela. Mas sabe que a maratona exigirá muito mais de você. Nas profundezas escuras da mente uma voz pessimista está dizendo: você não consegue. Você se esforça ao máximo para ignorar essa insegurança, mas a voz não o abandona.
Na manhã da primeira maratona, a voz da dúvida se multiplica, tornando-se um coro completo. Na altura do quilômetro 30, esse coro está gritando tão alto que é só o que você consegue escutar. Os músculos doloridos e esgotados imploram que você pare. Você deve parar. Mas você não pára. Dessa vez ignora a dúvida; ignora aquele que diz que você não é bom o suficiente, e só ouve a paixão no seu coração. Esse desejo ardente diz para continuar, para colocar um pé audaciosamente à frente do outro, e em algum lugar você encontra a força de vontade para fazê-lo.
A coragem surge de diversas formas. Hoje você descobre a coragem para continuar tentando, para não desistir, por mais terríveis que as coisas se tornem. E elas se tornam terríveis. Na marca do quilômetro 40, você quase não conseguirá ver mais o percurso - a visão se torna vaga e vacilante ao mesmo tempo que a mente oscila nos limites da consciência.
E então, repentinamente, a linha de chegada floresce à sua frente, como um sonho. Um nó se forma na garganta durante o percurso daqueles poucos passos finais. Agora, você finalmente consegue responder à irritante voz com um inequívoco Sim, eu posso!
Sua explosão ao cruzar a linha de chegada, cheio de orgulho, para sempre livre da prisão da insegurança e das limitações autoimpostas que o mantiveram prisioneiro. Você aprendeu mais sobre si mesmo nos últimos 42 quilômetros do que em qualquer outro dia de sua vida. Mesmo que não consiga andar mais tarde, você nunca foi tão livre. Completar uma maratona é mais do que apenas algo que se ganha; um maratonista é alguém em quem você se transforma.
Enquanto estiver sendo ajudado na linha de chegada, envolto em um cobertor fino de Mylar, mal conseguindo levantar a cabeça, você está em paz. Nenhuma luta, dúvida ou fracasso futuros podem remover o que realizou hoje. Você fez o que poucos farão - o que pensou jamais conseguir fazer - e é o despertar mais glorioso e inesquecível. Você é um maratonista e usará essa distinção não na lapela, mas no coração, para o resto da vida".
Por que correr? perder peso? pagar promessa?  vencer a prova ou apenas completá-la? ganhar um beijo da(o) namorada(o)? superar o (a) colega de trabalho? Enfim, como diz o  próprio Dean Karnazes "no que diz respeito à motivação, encontre-a onde for possível". 


A Revista Contra-Relógio, que há alguns anos organiza o Ranking Brasileiro dos Maratonistas, com certeza é uma grande fonte de motivação para muito corredores, haja vista o grande número de pessoas que cruzam a linha de chegada exclamando: "Entrei para o Ranking!". Para conseguir o Diploma é  necessário fechar uma maratona brasileira oficial dentro dos tempos-limite de cada faixa etária, conforme se pode ver na tabela ao lado. É efetivamente um ranking seletivo, mas acessível a todos que se preparam razoavelmente para enfrentar os 42,195km de uma maratona.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

LONGÕES E FAMÍLIA


Neste final de semana, ciente de que na sexta-feira iria apanhar minha namorada em Valente-BA, levando comigo uma parte da sua família (mãe, irmã e afilhada) para irmos nos juntar à outra parte da família em Tucano, cidade que fica nas proximidades de Caldas do Jorro, fiz uma consulta a Marcelo Augusti (Mr. Running) perguntando-lhe se poderia alterar a planilha e fazer 02 treinos longos seguidos.
Recebido o sinal verde, juntamente com o conselho de que não forçasse muito no primeiro longo, montei meus treinos aproveitando para correr entre cidades. 


SÁBADO: VALENTE / COITÉ - 31,5 Km
Como seria o dia em que nos deslocaríamos para Tucano, saí de casa 05:20 e cobri a distância entre Valente e Coité, pela BA 020, em 03 horas e 10 minutos, levando comigo água, carboidrato e celular . O monitoramento via fone foi tão eficiente que praticamente chegamos juntos à entrada principal de Coité, onde, até porque não tinha chegado a suar, atrevi-me (rs) a fazer uma foto com a galera.
08 e 30 da manhã, com a gostosa sensação de dever cumprido, entrei no carro e dirigi para o destino daquele dia. 
À noite fomos ao aniversário do simpático Argemiro - tio-avô da "titia" Lalá, mas esquecemos a máquina fotográfica em casa.

DOMINGO: TUCANO / ARACI - 47,5 Km
 Por volta de 05 e 30, saí da casa da "Vó Mariana" com todos dormindo. Trotei até a saída da cidade e logo nos primeiros quilômetros na BR-116 avistei um corredor, apertei o passo para emparelhar com ele e, após alguns cumprimentos, descobrimos que nossos caminhos iriam se dividir  no próximo quilômetro (que pena, eu já estava pensando que iria ter com quem tagalerar, rs).
Já que não dava para ir falando, concentrei-me naquelas musiquinhas que levo na cabeça, encaixei confortavelmente um pace de 06 min/km e por duas horas mantive a FC abaixo de 120 bpm.
Conforme combinado, "Titia" Lalá (treinando o apoio), encontrou-me com 03 horas de corrida trazendo água, gatorade e camêra fotográfica. Após abastecimento retornou para casa para pegar os meninos que iam tomar banho nas águas termais do Jorro para só reencontrar-me bem perto do ponto de chegada, que atingi com 04h e 46 minutos de corrida. Registros e reabastecimento feitos, era chegada a hora de entrar no carro e ir para o Jorro tomar um "refrescante" banho numa água com mais de 40ºC e saborear um delicioso bode assado antes de voltar à Salvador com a galera.
Boa Semana para todos!


segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

NO MEIO DO LONGÃO TINHA A "BEACH CROSS"

O LONGÃO

O percurso escolhido para o longão de ontem é daqueles que a gente fica desejando que todo mundo que a gente gosta esteja junto: Stella Maris - Jardim de Alah - Stella Maris (30 km). Neste trecho a gente encontra asfalto, areia de praia, ciclovia, grama etc, além de ser uma festa para os olhos: Pedra do Sal, Farol de Itapoan, Praça Dorival Caymmi, Piatã, Corsário, Jardim de Alah.
Embora tivesse marcado com vários amigos corri a maior parte do tempo sozinho. No Corsário alcancei minha prima Ângela (somos os únicos corredores da família) e fomos juntos até o Jd. de Alah, chegando quando faltava apenas 10 minutos para a largada da Beach Cross.

A CORRIDA

A Beach Cross sempre ocorre no ínicio do ano entre as praias de Jardim de Alah e Boca do Rio. Apesar de ser uma prova extremamente desgastante por conta da areia naquele trecho ser muuuito fofa, ela se encaixa perfeitamente com o momento da maioria dos corredores, que nesta época do ano encontra-se no período do Treinamento de Base, no qual a variação de piso é presença constante.
Estando às vésperas do início da Jornada (cada dia a menos no contador regressivo aumenta o frio na barriga...), inseri esta prova no meio do longão mais para divulgar o Desafio que para competir. Mantive um ritmo tranquilo por todo o percurso (afinal era a primeira vez que estava correndo naquela areia toda e ainda restava a volta para Stella), completando-a em 00:37:57. Acabei servindo como "coelho" para Nilva Nunes que, com apenas 17 anos, foi a segunda colocada no Geral Feminino e cheguei praticamente junto com Samuel Moreira, maratonista, autor do blog www.correrebom.blogspot.com, com quem mantive um breve diálogo a respeito do Projeto Salvador/Aracaju.
Ângela, que não estava inscrita na corrida, aguardou-me para fazer a foto de chegada. Como os demais colegas corredores com quem havia marcado não compareceram, após a prova acompanhei minha prima apenas até a Boca do Rio, já que havia decidido trocar o retorno para Stella Maris por 1 hora e 10 minutos de trote no entorno de Jardim de Alah, a fim de registrar a cerimônia de premiação.

Os vencedores da prova foram:
Masculino: 1° Márcio Barreto Silva - 00:26:02
               2° Florisvaldo Rocha dos Santos - 00:26:45
               3° Hélio Cássio Bispo Reis - 00:27:07


Feminino: 1° Eliane Costa de Jesus - 00:32:09
              2° Nilva Pereira da Silva Nunes - 00:38:22
              3° Vanuza Lins Alves Batista - 00:40:50
 
Boa semana de corrida para todos!

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

AINDA DÁ TEMPO! / PLANILHA DE FEVEREIRO

Segunda

Terça
Quarta
Quinta
Sexta
Sábado
Dom.
FOLGA
TROTE
FARTLEK
RODAGEM
TROTE
BIKE
LONGÃO ou RITMO
31

01
45' grama + Pilates
02
20km (3’aceleração x 2’trote ou 1000m aceler. x 500m trote) em ladeira
03
2h (plano / confortável) + Pilates
04
45’grama
PUMP
05
Bike Salvador/Dias Dávila/Salvador
06
Stela Mares/ Jd. de Alah + Beach Croos + Jd. de Alah Stela Mares
07

08
45' grama + Pilates
09
20km (3’aceleração x 2’trote ou 1000m aceler. x 500m trote) em ladeira
10
2h (plano / confortável) + Pilates
11
45’esteira + PUMP
12
Bike (70km)
13
5 acelerações de 10km com 10 min. de trote nos intervalos
14

15
45' grama / suave + Pilates
16
20km (3’aceleração x 2’trote ou 1000m aceler. x 500m trote) em ladeira
17
2h (plano / confortável) + Pilates
18
45’esteira + PUMP
19
Bike (70km)
20
Rodagem 3h (com subidas e descidas)
21
22
45' grama + Pilates
23
20km (3’aceleração x 2’trote ou 1000m aceler. x 500m trote) em ladeira
24
2h (plano / confortável) + Pilates
25
45’esteira + PUMP
26
Bike 
Salvador/Camaçari/Salvador
27
Rodagem 3 horas


Muitas perguntas me estão sendo feitas por gente  interessada em participar do Desafio. Até agora não encontrei ninguém que confirmasse o embarque nesta "viagem" pelos 07 dias, entretanto estou muito animado com as promessas de vários amigos corredores de me acompanhar por um ou dois dias de acordo com  o desejo e a disponibilidade de tempo de cada um.

Alguns exemplos:

No primeiro dia,  Adhemar (ver post GÊNESIS)  e Jeferson Pataro  já confirmaram presença nos 42 km (entre Aeroporto e Guarajuba). Há ainda  promessas de pessoas que não têm intenção de correr todo o trajeto, mas que estarão lá na largada e nos acompanharão por alguns quilômetros.

No sábado (terceiro dia)  é meu aniversário e haverá o  menor trecho (32 km) entre Massarandupíó e Baixio. Por esses motivos voltarei do  ponto de chegada do segundo dia  (Guarajuba/Massarandupíó) para dormir em Salvador, a fim de poder ajudar, na logística de condução até Massarandupíó,  os interessados em festejar meu aniversário correndo comigo,  inclusive já está pré-acertado na Pousada Recanto Lagoa  Azul  a possibilidade de um festivo café da manhã.

Por ser final de semana, existe ainda a possibilidade para quem  for correr o sábado comigo, ficar lá em Baixio e  participar  também do quarto dia (Baixio/Conde). Gil, o cara mais tranquilão que conheço, já me garantiu que fará assim e ainda está estudando a possibilidade de seguir na segunda. Joel motorzinho, meu fiel escudeiro, chega no sábado a noite após fechar a sua loja de bicicleta (Regional Bike) para também fazer parte do Desafio;

Pataro estuda ainda a possibilidade de correr o 5º dia, trecho interestadual (Conde/BA a Indiaroba/SE) e por aí vão os exemplos.
*              *               *

Em linhas gerais o início de cada  dia de corrida será sempre entre  5:00 e 6:00 da manhã. Correremos sempre no acostamento equipados com cinto de hidratação e carboidratos. "Titia" Lalá (que marcou férias junto comigo) será o suporte,  saindo de carro  sempre por volta de 1 hora e 30 minutos após nossa largada, com a responsabilidade de repor água/gatorade, registrar com fotos, filmes etc.. Nos dias de menor quilometragem, após esta passagem ela seguirá direto para o local de chegada, nos outros,  partirá para  novo ponto de  reencontro e reabastecimento.
*              *               *

 Há um mês fiz uma viagem de carro e fui reservando as pousadas e tenho contato de todas elas. Tudo aqui exposto é passível de ajustes e/ou modificações, principalmente no caso de (ainda tenho esperanças) surgirem  pessoas dispostas a tentar vencer o  desafio por completo.

Qualquer um que se interesse pode entrar em contato comigo aqui pelo blog ou através do email bikeselva@hotmail.com .

VAMOS TENTAR JUNTOS?!